terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ABA realiza encontro de Oficiais de Igreja via satélite


No próximo sábado, dia 4 de Fevereiro, a Associação Baixo Amazonas vai realizar o Encontro Regional de Oficiais de Igreja (EROI), transmitido via satélite pelo canal executivo da TV Novo Tempo.  A programação do EROI visa capacitar, treinar e motivar os líderes para os projetos evangelísticos de 2012.

Com o tema “Proclamando a Grande Esperança, discipulando vidas”, serão realizados diversos projetos em 2012, integrando todos os Ministérios da Igreja Adventista do Sétimo Dia no cumprimento da missão de proclamar a esperança da volta de Jesus. Além de novidades e orientações, os líderes poderão acompanhar testemunhos e o relatório de atividades de 2011. O treinamento também poderá ser acompanhado em nosso site. A transmissão vai acontecer das 11h às 12h.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Teste da natureza da música

TESTE DA NATUREZA DA MÚSICA SEGUNDO OS ESCRITOS DE ELLEN G. WHITE
Prof. Sikberto R. Marks

Esse teste foi elaborado a partir dos princípios de música obtidos nos escritos de Ellen G. White. Portanto, são válidos para a igreja. Serve para orientação sobre a música e o canto na Igreja, se estão sendo dedicados a DEUS ou a outro foco, que pode ser o cantor, o compositor ou, o que é ainda pior, o próprio satanás. É importante cuidar‐se da questão do louvor uma vez que nos últimos tempos é profeticamente previsto um maciço ataque de satanás contra a igreja, em todas as frentes possíveis, portanto, isso inclui a música.

Para fazer o teste da música que você canta ou toca na igreja, ou que algum cantor ou instrumentista, conjunto instrumental ou vocal apresenta, basta responder a cada pergunta com “sim” ou “não”.

Teste da natureza da música

O foco de sua música ou cântico é de louvor a DEUS? Responda com sinceridade!

01- A música é suave e pura?   (   ) Sim    (    ) Não
(Educação, 167)

02 - Os tons são claros e suaves?   (   ) Sim    (    ) Não
(Testemunhos para a Igreja, V9, 143)

03 - Tons como a melodia dos pássaros?   (   ) Sim    (    ) Não
(Evangelismo, 510)

04 - Os tons são harmoniosos entre si?   (   ) Sim    (    ) Não
(Evangelismo, 510-511)

05 - O volume do som é suave e não fere os ouvidos?   (   ) Sim    (    ) Não
(Carta 66, p 2 e 3, de 1983)

06 - Não tem notas estridentes?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

07 - O canto é harmonioso?   (   ) Sim    (    ) Não
(Testemunhos Seletos, V1, 45)

08 - O louvor é simples e entoado em tom natural?   (   ) Sim    (    ) Não
(Evangelismo, 510-511)

09 - A melodia é alegre e ao mesmo tempo solene?   (   ) Sim    (    ) Não
(Evangelismo, 507-508)

10 - A melodia flui sem esforço?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

11 - Aproxima da harmonia celeste?   (   ) Sim    (    ) Não
(Patriarcas e Profetas, 637)

12 - Os anjos cantariam juntos?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

13 - Glorifica a DEUS?   (   ) Sim    (    ) Não
(Carta 5, de 1850)

14 - Engrandece o nome de DEUS?   (   ) Sim    (    ) Não
(Fundamentos da Educação Cristã, 97)

15 - Ergue os pensamentos ao que é puro, nobre e edificante?   (   ) Sim    (    ) Não
(Patriarcas e Profetas, 637)

16 - Impressiona o coração com verdades espirituais?   (   ) Sim    (    ) Não
(Educação, 167)

17 - Atrai para o lar celestial?   (   ) Sim    (    ) Não
(O Desejado de Todas as Nações, 37)

18 - Conduz à santidade [separação do mundo]?   (   ) Sim    (    ) Não
(Testemunhos para a Igreja, v1, 496-497)
 
19 - Afasta os ouvintes da atenção aquilo que é terreno?   (   ) Sim    (    ) Não
(O Desejado de Todas as Nações, 73)

20 - Afasta a mente do inimigo?  
(   ) Sim    (    ) Não
(Carta 5, de 1850)

21 - Não leva a união com o mundo e suas diversões?   (   ) Sim    (    ) Não
(Patriarcas e Profetas, 637)

22 - Não tem gesticulações extravagantes?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

23 - Não há movimentos corporais?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

24 - As notas não são longamente puxadas?   (   ) Sim    (    ) Não
(Evangelismo, 510)

25 - Não há confusão de vozes nem dissonância?   (   ) Sim    (    ) Não
(Testemunhos Seletos, v1, 45)

26 - Não vem do gênero das valsas frívolas?   (   ) Sim    (    ) Não
(Fundamentos da Educação Cristã, 97)

27 - Não vem de canções petulantes que elogiam o homem?   (   ) Sim    (    ) Não
(Fundamentos da Educação Cristã, 97)

28 - Não é ruidosa, vulgar, nem de abundante de entusiasmo?   (   ) Sim    (    ) Não
(Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, 306)
 
29 - Não idolatra o músico ou cantor?   (   ) Sim    (    ) Não
(Testemunhos para a Igreja, v1, 506)

30 - As canções não são vulgares e próprias para salões de baile?   (   ) Sim    (    ) Não
(Testemunhos para a Igreja, v1, 506)

31 - Não se adapta facilmente ao palco?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

32 - A melodia não é forçada?    (   ) Sim    (    ) Não
(Manuscrito 5, de 1874)

33 - A música não serve para dança?   (   ) Sim    (    ) Não
(Mensagens Escolhidas, v2, 36)

34 - Não inclui tambores e o ritmo não domina a melodia nem a harmonia?   (   ) Sim    (    ) Não
(Mensagens Escolhidas, v2, 36)

35 - Não pertence à categoria do jaz, rock, blues, derivados ou correlatos?   (   ) Sim    (    ) Não
(Manual da Igreja, 172)  

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz diz ter sido inspirada pela ADRA

Leymah Gbowee, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz
A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz deste ano, Leymah Gbowee deu a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais - ADRA Noruega e a ADRA Libéria, novas perspectivas sobre a perda de seus trabalhadores na Libéria em 2003. Leynah havia se encontrado com Kare Lund e os trabalhadores da ADRA no mesmo dia em que eles foram mortos. Eles se encontraram no mesmo posto de inspeção, com os mesmos soldados. Naquela noite, quando ela chegou em Monróvia, ela ouviu a notícia de que os trabalhadores da ADRA estavam desaparecidos.

A ADRA Noruega tem uma história especial com a Libéria e com o movimento de paz, o qual, está por trás destas mulheres Liberianas que, neste fim de semana, foram premiadas com o Prêmio Nobel da Paz. 



A ADRA está presente na Libéria por décadas. Durante a Guerra civil no início da década de 2000, a ADRA Noruega e a ADRA Libéria trabalharam juntas em uma operação de emergência para Liberianos que haviam retornado para casa depois de um tempo como refugiados na Costa do Marfim. Durante uma viagem para monitorar o progresso do projeto, o diretor da ADRA Noruega Kare Lund, o diretor da ADRA Libéria e o motorista que estava com eles, foram mortos por “soldados do governo”. Os detalhes sobre este incidente continuam sem ser esclarecidos, mas é sabido, que estes soldados sem disciplina, estavam procurando alguma coisa de valor para seu próprio benefício. A guerra civil na Libéria tinha então tomado a vida de três pessoas que haviam dedicado suas vidas para salvar outros. As famílias destes homens – eles eram todos casados, pais e irmãos – sofreram uma perda irreparável de entes queridos e a ADRA perdeu alguns de seus melhores trabalhadores.

“Sexta-feira passada, 9 de dezembro, eu juntamente com a viúva e a filha de Kare Lund e o diretor da ADRA Libéria, tivemos o prazer de nos reunir com as duas ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz, que são da Libéria, a Presidente Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee. Nosso pedido para nos encontrarmos com as ganhadoras do Nobel não era somente para parabenizá-las, mas também para oferecer uma oportunidade a elas de se encontrarem com Christel Lund, a viúva de Kare, e para assegurar o continuo apoio da ADRA e de nosso compromisso com a Libéria, apesar dos incidentes de 2003.


Como líder de nossa junta diretiva, eu iria para falar sobre o trabalho da ADRA na Libéria e esperava ouvir as ganhadoras do Nobel falarem de suas conquistas, vitórias políticas e visão para o futuro da Libéria. A reunião transformou-se então em um encontro bastante pessoal entre estas mulheres, que de diferentes maneiras haviam lutado pela paz na Libéria.


Soubemos então que ambas, presidente Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee tinham bastante conhecimento sobre os eventos que haviam estremecido a ADRA e as famílias destes homens em 2003. Durante a reunião, a presidente Johnson Sirleaf explicou que o assassinato dos trabalhadores da ADRA e outros eventos similares foram levados a cabo por falsos soldados que não tinham nem dinheiro nem disciplina. Ela falou sobre um ano muito difícil para a Libéria, e que afetou também pessoas que visitavam e que trabalhavam no país. Os Liberianos mataram seu próprio povo, estupraram mulheres e crianças, e atacaram aqueles que tentavam ajudar.


Mas foi Leymah Gbowee que nos deu novas perspectivas sobre a perda de nossos trabalhadores. Sua história impressionante é que ela e seus trabalhadores haviam se encontrado com os três trabalhadores da ADRA no dia em que eles foram mortos. Eles haviam se encontrado num ponto de inspeção e foram abordados pelos mesmos soldados. Naquela noite quando ela chegou em Monróvia, ela ouviu que os trabalhadores da ADRA haviam desaparecido.


Gbowee então afirmou que o horrível assassinato dos trabalhadores da ADRA foi uma inspiração para ela, e que culminou em seu trabalho como assistente social, e que levou-a a dedicar-se com toda a sua força a trabalhar pela paz e pelo direito das mulheres. O assassinato dos trabalhadores da ADRA deu um novo momentum para os esforços de paz, e este inspirado movimento pela paz foi reconhecido através do Prêmio Nobel da Paz na cidade de Oslo neste fim de semana.


Estes entes queridos jamais serão substituídos. Mas a história da presidente Johnson Sirleaf e de Leymah Gbowee nos deu uma nova fé no trabalho da ADRA – ou seja, aquilo que fazemos é importante! Neste dia, nós recebemos a confirmação de que eles morreram fazendo um trabalho significativo que representava muito para muitos. “Isto não diminui a dor da perda, mas cria um orgulho maior pelo trabalho que ele fez,” escreve a filha de Kare Lund, Annika, em seu blog.


A lição dada por Tawakkol Karman sobre protestos de rua é real: ‘Juntos realizaremos nossos sonhos’. É um privilégio a ADRA poder encontrar-se com estas grandes mulheres. Aquelas que transformam o mundo, uma vida de cada vez.”
 

[Artigo de Geir Olav Lisle - ADRA Noruega / tradução de Paulo Lopes – ADRA Brasil]

Igreja Adventista divulga documento sobre observância do sábado

Na última Comissão Diretiva Plenária da liderança sul-americana adventista foi votado um documento intitulado Observância do Sábado. O material, aprovado pelos delegados presentes, ressalta o descanso conforme a Bíblia Sagrada e aponta o entendimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia a respeito de aspectos práticos sobre a guarda do dia. Segundo o pastor Alberto Timm, responsável pela organização do documento, foram sintetizados 21 pontos a respeito do assunto. Timm é autor do livro O Sábado na Bíblia, uma pesquisa interessante referente aos aspectos históricos e teológicos do sábado com uma linguagem acessível.

O documento, na íntegra, após revisões teológicas e gramaticais, foi divulgado nessa semana e ficou assim:

2011 - OBSERVÂNCIA DO SÁBADO
A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20:8-11; 31:13-17; Ez 20:12, 20), cuja observância é pertinente a todos os seres humanos em todas as épocas e lugares (Is 56:1-7; Mc 2:27). Quando Deus “descansou” no sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia (Gn 2:2, 3), separando-o para uso sagrado e transformando-o em um canal de bênçãos para a humanidade. Aceitando o convite para deixar de lado seus “próprios interesses” durante o sábado (Is 58:13), os filhos de Deus observam esse dia como uma importante expressão da justificação pela fé em Cristo (Hb 4:4-11).

A observância do sábado é enunciada em Isaías 58:13, 14 nos seguintes termos: “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor.” Com base nesses princípios, a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma neste documento seu compromisso com a fidelidade à observância do sábado.


Vida de santificação. A verdadeira observância do sábado se fundamenta em uma vida santificada pela graça de Cristo (Ez 20:12, 20); pois, “a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser santos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 283).


Crescimento espiritual. Como “um elo de ouro que nos une a Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 352), o sábado provê um contato mais próximo de Deus. Como tal, não devemos permitir que outras atividades, por mais nobres que sejam, enfraqueçam nossa comunhão com Deus nesse dia.


Preparação para o sábado. Antes do pôr do sol da sexta-feira (cf. Lv 23:32; Dt 16:6; Ne 13:19), as atividades seculares devem ser interrompidas (cf. Ne 13:13-22); a casa deve estar limpa e arrumada; as roupas, lavadas e passadas; os alimentos, devidamente providenciados (cf. Êx 16:22-30); e os membros da família, já prontos.


Início e término do sábado. O sábado é um dia de especial comunhão com Deus, e deve ser iniciado e terminado com breves e atrativos cultos de pôr do sol, com a participação dos membros da família. Nessas ocasiões, é oportuno cantar alguns hinos, ler uma passagem bíblica, seguida de comentários pertinentes, e expressar gratidão a Deus em oração. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 356-359.)


Pessoas sob nossa influência. O quarto mandamento do Decálogo orienta que, no sábado, todas as pessoas sob nossa influência devem ser dispensadas das atividades seculares (Êx 20:10). Isso implica os demais membros da família, bem como os empregados e hóspedes; que também sejam estimulados a observar o sábado.


Espírito de comunhão. Como dia por excelência de comunhão com Deus (Ez 20:12, 20), o sábado deve se caracterizar por um prazeroso e alegre compromisso com as prioridades espirituais, com momentos especiais de leitura da Bíblia, oração e, se possível, de contato com a natureza (cf. At 16:13). Esse compromisso deverá ser mantido na escolha dos assuntos abordados também em nossos diálogos informais com familiares e amigos.


Reuniões da igreja. Somos admoestados a não deixar “de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Portanto, as programações e atividades regulares da igreja aos sábados devem ter precedência sobre outros compromissos pessoais e sociais, mesmo que estes sejam pertinentes para o sábado.


Casamentos e festas. O convite para deixar de lado nossos “próprios interesses” no sábado (Is 58:13) indica que casamentos e festas, incluindo seus devidos preparativos, devem ser realizados fora desse período sagrado. Casamentos e algumas festas mais suntuosas não devem ser planejados para os sábados à noite, pois seus preparativos envolvem expectativas e atividades não condizentes com o espírito de comunhão com Deus.


Mídia secular. A mídia secular, em todas as suas formas, deve ser deixada de lado durante as horas do sábado, para que este, rompendo com a rotina da vida, possa ser um dia “deleitoso e santo” (Is 58:13).


Esportes e lazer. Muitas atividades esportivas e de lazer, aceitáveis durante a semana, não são condizentes com a observância do sábado, pois desviam a mente das questões espirituais (Is 58:13).


Horas de sono. A Bíblia define o sábado como dia de “repouso solene” (Êx 31:15), e não como dia de recuperar o sono atrasado da semana. Ricas bênçãos advirão de levantar cedo no sábado, dedicando esse dia ao serviço do Senhor. (Ver Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 170.)


Viagens. A realização de viagens por questões de trabalho ou interesses particulares é imprópria para o sábado. Existem, porém, ocasiões excepcionais em que se torna necessário viajar no sábado para atender a algum compromisso religioso ou situações emergenciais. Sempre que possível, os devidos preparativos, incluindo a compra de passagens e o abastecimento de combustível, devem ser feitos com a devida antecedência. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 359, 360.)


Excursões e acampamentos. A realização de excursões e acampamentos pode promover a socialização cristã (cf. Sl 42:4). Mas seus organizadores e demais participantes devem chegar ao devido local antes do início do sábado e montar sua estrutura, incluindo suas barracas, de modo que o santo dia possa ser observado segundo o mandamento. Além disso, as atividades durante as horas do sábado devem ser condizentes com o espírito sagrado desse dia.


Restaurantes e alimentação. A recomendação de que o alimento deve ser provido com a devida antecedência (Êx 16:4, 5; 22-30) significa que ele deve ser comprado fora das horas do sábado, e que a frequência a restaurantes comerciais nesse dia deve ser evitada.


Medicamentos. A compra de medicamentos durante o sábado é aceitável em situações emergenciais (cf. Lc 14:5), e imprópria quando a pessoa já os necessitava, e acabou postergando sua compra para esse dia.


Estágios e práticas escolares. O quarto mandamento do Decálogo (Êx 20:8-11) desabona a realização de atividades seculares no sábado, que gerem lucro ou benefício material. Envolvidos em tais atividades estão os programas de planejamento e preparo para a vida profissional, incluindo a frequência às aulas e a participação em estágios, simpósios, seminários e palestras de cunho profissional, concursos públicos e exames seletivos. Em caso de confinamento para a prestação de exames após o término do sábado, as horas desse dia devem ser gastas em atividades espirituais.


Escolha e exercício da profissão. A estrutura da sociedade em geral nem sempre favorece a observância do sábado, e acaba disponibilizando profissões e atividades que, embora sejam dignas, dificultam essa prática. Os adventistas do sétimo dia devem escolher e exercer profissões condizentes com a devida observância do sábado. Somos advertidos de que, se alguém, “por amor ao lucro, consente em que o negócio em que tem interesses seja atendido no sábado pelo sócio incrédulo, esse alguém é tão culpado quanto o incrédulo; e tem o dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder” (Evangelismo, p. 245).


Instituições de serviços básicos. A orientação de não fazer “nenhum trabalho” durante o sábado (Êx 20:10) indica que os observadores do sábado devem se abster de trabalhar nesse dia, mesmo em instituições seculares de serviços básicos. Instituições denominacionais que não podem fechar aos sábados (cf. Jo 5:17), incluindo os internatos adventistas, devem ser operadas nesse dia por um grupo reduzido e em forma de rodízio.


Atividades médicas e de saúde. Existem situações emergenciais que os profissionais da saúde devem atender, com base no princípio de que “é lícito curar no sábado” (Lc 14:3). Os hospitais adventistas necessitam dos préstimos de uma equipe médica, de enfermagem e de outros serviços básicos para o funcionamento nas horas do sábado. Mas os plantões rotineiros, tanto médicos quanto de enfermagem, em hospitais não adventistas, são impróprios para as horas do sábado. (Ver Ellen G. White Estate, “Conselhos de Ellen G. White Sobre o Trabalho aos Sábados em Instituições Médicas Adventistas e Não Adventistas”, em www.centrowhite.org.br.)


Projetos assistenciais. Cristo disse que “é licito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Isso significa que “toda atividade secular deve ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estão em harmonia com o propósito do Senhor. Elas não devem ser limitadas a tempo ou lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz honra ao dia de Deus” (Beneficência Social, p. 77). Portanto, é lícito nas horas sagradas do sábado visitar enfermos, viúvas e órfãos, encarcerados e compartilhar uma refeição. Ações sociais que podem ser realizadas em outro dia não devem tomar as sagradas horas do sábado.


Atividades missionárias. O apóstolo Paulo usava o sábado para persuadir “tanto judeus como gregos” acerca do evangelho (At 18:4, 11; cf. 17:2), demonstrando a importância de se reservar um tempo especial nesse dia para atividades missionárias. Sempre que possível, os membros da família devem participar juntos dessas atividades, para desfrutar a socialização cristã e desenvolver o gosto pelo cumprimento da missão evangelística.


Como adventistas do sétimo dia, somos convidados a seguir o exemplo de Deus ao descansar no sétimo dia da semana da criação (Gn 2:2-3; Êx 20:8-11; 31:13-17; Hb 4:4-11), de modo que o sábado seja, para cada um de nós, um sinal exterior da graça de Deus e um canal de Suas incontáveis bênçãos.



[Equipe ASN,
Felipe Lemos]

O verdadeiro espÍrito do Natal

Erton Köhler
Dezembro parece ser o mês mais esperado do ano. Afinal, é tempo de Natal, ocasião para ver a família reunida, trocar presentes e participar de festas especiais. Mas também é tempo de saudade e especialmente de reconsagração. Em meio a tantas comemorações, promoções e diferentes interesses, precisamos repensar o verdadeiro espírito do Natal.

Isso não significa polemizar sobre a verdadeira data do nascimento de Cristo. Possivelmente não tenha sido em 25 de dezembro, mas esse dia acabou sendo aceito para recordar o maior presente já recebido por este mundo. Também não tem que ver com as discussões sobre o surgimento dos diferentes símbolos, tão usados hoje. Precisamos aproveitar a data para manter diante dos olhos e do coração o motivo central das comemorações, o verdadeiro espírito do Natal.


Tenho observado igrejas, escritórios, centros comerciais e mesmo nossa casa. Muitas delas estão bem ornamentadas: uma árvore bonita, pacotes com presentes, luzes coloridas, etc. Normalmente, esses são os símbolos que expressam a visão popular do Natal. Estamos fazendo uso desses símbolos movidos apenas pela tradição, ou, como adventistas, mantemos o verdadeiro espírito dessa comemoração? Se perdermos a visão correta, quem vai mantê-la?


Os símbolos enfeitam e embelezam o Natal, mas não podem tirar seu foco principal. Ellen G. White recomendava o uso da árvore de Natal na igreja, não apenas como enfeite, mas com uma razão mais nobre e apropriada: “Deus muito Se alegraria se, no Natal, cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. [...] Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore” (O Lar Adventista, p. 482).


Se Natal é tempo de presentes, então, por que não aproveitar para oferecê-los aos necessitados ou para os projetos da igreja? Vamos ornamentar a casa, o escritório ou igreja, mas pensando em tornar o Natal uma oportunidade para dar presentes não apenas às pessoas que amamos e estão perto de nós, mas também àqueles que tanto necessitam de ajuda. Esse é o verdadeiro espírito do Natal. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito...” Deus amou e deu. É esse espírito de abnegação que precisamos renovar no Natal.


Tenho me preocupado ao ver como os símbolos seculares, que deveriam ser um complemento à beleza do Natal, acabaram tomando o lugar principal. Quantas árvores, presentes, luzes ou imagens do papai Noel você tem visto nestes dias? Por outro lado, já observou quantas representações do nascimento de Jesus estão por aí? Não podemos perder de vista a verdadeira razão por trás do Natal. A visão secular e comercial não pode tomar o lugar do foco principal. Natal é tempo de gratidão, reconsagração, reflexão e também de cultos de adoração. O restante – como ceia, enfeites, presentes – deve ser apenas complemento.


Mas, como o Natal é tempo de presentes, quero lhe fazer duas sugestões especiais: A primeira é que você participe do Mutirão de Natal, oferecendo um pouco do que você tem aos necessitados. Esse é um projeto precioso que resgata e reforça, de maneira organizada, o espírito que deve estar no coração de cada cristão. Corremos o risco de fazer do Natal um tempo de egoísmo em que gastamos o que temos, e muitas vezes o que não temos, apenas para satisfazer as pessoas que amamos. Isso é olhar apenas para nós mesmos no tempo em que celebramos o nascimento dAquele que abriu mão de tudo o que possuía para vir a este mundo salvar pecadores. Vamos dar presentes aos nossos queridos, mas sem esquecer as pessoas carentes.


A segunda sugestão é que você presenteie aqueles que precisam conhecer Jesus por meio da leitura do livro missionário A Grande Esperança. Parentes, amigos, vizinhos, funcionários ou colegas de trabalho. Melhor seria se pudéssemos dar o livro O Grande Conflito (texto completo), na edição de luxo lançada recentemente pela Casa Publicadora Brasileira. Esse é o tempo em que os corações estão abertos e não podemos perder a oportunidade. “Aproximamo-nos rapidamente do fim. A impressão e circulação dos livros e revistas que contêm a verdade para este tempo deve ser nossa obra” (Ellen G. White, O Colportor-Evangelista, p. 5).


A mesma autora insiste na distribuição da mensagem do livro O Grande Conflito, pois nele “a última mensagem de advertência ao mundo é dada mais distintamente que em qualquer de meus outros livros” (Ibid., p. 127).



Erton Köhler 
é presidente da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia

sábado, 10 de dezembro de 2011

JUSTIÇA DÁ A ESTUDANTE ADVENTISTA DIREITO DE FALTAR A AULAS

Uma estudante adventista matriculada numa universidade católica do interior de São Paulo conseguiu na Justiça, na semana passada, o direito de não ir às aulas às sextas à noite e aos sábados de manhã.

Quielze Apolinario Miranda, 19, é da igreja Adventista do Sétimo Dia, que prega o recolhimento da hora em que anoitece nas sextas-feiras até o fim do dia dos sábados.



Aluna do 1º ano do curso de relações internacionais da USC (Universidade Sagrado Coração), instituição fundada por freiras católicas em Bauru na década de 1950, Quielze nunca foi às aulas noturnas às sextas e aos sábados e corria o risco de ser reprovada por faltas.

Ela diz ter tentado negociar com a reitoria para apresentar trabalhos alternativos. A USC, de acordo com a estudante, negou em várias instâncias o pedido.

"Geralmente, em outras faculdades é mais fácil. O pastor entrega uma cartinha falando sobre liberdade religiosa e o aluno consegue a dispensa", afirma. "Aqui, não consegui."

TRABALHO EXTRACLASSE
No último dia 16, o advogado da aluna, Alex Ramos Fernandez, entrou com mandado de segurança na Justiça Federal de Bauru.

Solicitou a substituição das atividades das 18h das sextas às 18h dos sábados por "prestações alternativas", como trabalhos extraclasse.

"O que ela estava buscando era uma igualdade para preservar o sentimento e a intimidade religiosa dela", diz.

"Nesses casos o aluno até estuda mais, pois os professores dão trabalhos mais elaborados do que assistir a uma aula. Não há uma quebra de isonomia entre os alunos."

AMPARO LEGAL
O juiz da 3ª Vara Federal de Bauru, Marcelo Zandavali, concedeu uma liminar que obriga a USC a oferecer atividades alternativas.

De acordo com o texto, a USC alegou que faltava ao requerimento da aluna "amparo legal".

O magistrado discordou da instituição e baseou sua decisão nos artigos 5º e 9º da Constituição e na lei paulista nº 12.142, de 2005, que assegura ao aluno esse direito em respeito à sua religião.

A USC informou que só vai se manifestar depois de ser oficialmente notificada.

Segundo o advogado de Quielze, que é adventista e se especializou em casos como o dela, a Justiça vem atendendo, nos últimos anos, aos pedidos de alunos adventistas e judeus, que também guardam os sábados.

A igreja Adventista do Sétimo Dia, religião cristã que surgiu nos anos 1840 nos Estados Unidos, tem como doutrina a crença que Jesus voltará -o advento- e que os mortos dormem, inconscientes, até a ressurreição. Existe no Brasil desde 1894.



REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1014846-justica-da-a-estudante-adventista-direito-de-faltar-a-aulas.shtml


Direito reconhecido

Estudante recorre à legislação sobre prestação alternativa e testemunha em relação à guarda do sábado
A imagem de Quielze Apolinário Miranda, 19 anos, esteve recentemente em destaque em dois dos principais portais de notícias do Brasil: Folha.com e G1.com. A razão? Ela ganhou uma decisão judicial que lhe deu o direito de ter suas faltas nas aulas de sexta-feira à noite abonadas. A resolução foi determinada tendo como base o direito de prestação alternativa de atividades acadêmicas em casos de escusa por motivo de consciência. Quielze, estudante adventista de Relações Internacionais, em Bauru, SP, contou com o respaldo da lei paulista 12.142/2005, além dos artigos 5º e 9º da Constituição Federal. Nesta entrevista, ela relata por que procurou um recurso judicial e como esse caso tem testemunhado a favor da fé adventista.

Que tipo de negociação você buscou com a universidade?
Desde meu ingresso à universidade, eu estava ciente de que teria aulas às sextas à noite, porque meu curso só está disponível no regime noturno. Quando chegasse o momento de me pronunciar, esperava ser atendida ao entregar o costumeiro documento que os pastores adventistas fornecem falando sobre o motivo de nossa ausência às aulas aos sábados. Por isso, primeiramente fiz um requerimento na secretaria da universidade, com minhas próprias palavras, explicando minha crença e dando minha sugestão para a resolução do problema. Mas, infelizmente, pouco tempo depois recebi o resultado: requerimento indeferido por falta de amparo legal. Recorri ao coordenador do meu curso, que disse entender minha situação e que intercedeu por mim diante da pró-reitoria. Porém, eles também não foram favoráveis. Acredito que a universidade não entendeu o quanto era importante para mim essa concessão.


Quando você decidiu entrar com o recurso judicial? Qual foi o procedimento seguido e que argumentos foram apresentados?
Eu não tinha conhecimento de que um recurso legal resolveria minha situação. Um advogado da minha igreja, que foi um dos que entrou com o recurso, comentou sobre essa possibilidade, e me aconselhou a fazê-lo. Porém, a princípio eu tinha receio que isso causasse discórdia entre mim e a faculdade. Como o recurso foi necessário, pedi a orientação de outro advogado que frequenta minha igreja. Ele, com o advogado que havia me aconselhado, elaboraram um mandato de segurança, tendo como base os artigos 5º e 9º da Constituição Federal, as normas do Pacto de São José da Costa Rica e do Pacto sobre Direitos Civis e Políticos (tratados internacionais que o Brasil obedece), além da lei paulista 12.142/2005, que assegura aos cidadãos a liberdade de religião, com a prestação de trabalhos acadêmicos alternativos.


Como seus colegas e professores reagiram?
Desde o começo, meus professores e colegas torceram por uma decisão favorável a mim, por isso ficaram muito felizes com o resultado. Mas eu não esperava que um simples caso fosse virar notícia e dar tamanha repercussão. Não tenho dúvidas de que isso é a mão de Deus agindo, é Ele usando a mídia, a mim, e a muitas pessoas para pregar Sua verdade. Muitas pessoas têm vindo falar comigo, adventistas, ex-adventistas, e de outras religiões. Pessoas que tiveram a fé fortalecida e até que voltaram a frequentar a igreja.


Como foi o contato com os jornalistas?

No mesmo dia em que ganhei a causa, fiquei sabendo pelo meu advogado que a Folha de S.Paulo havia ouvido meu caso, talvez pela Rádio Justiça, e se interessou em fazer uma matéria. Mais tarde, o repórter do jornal ligou para mim, fez algumas perguntas, e uma semana depois a matéria saiu. E quando foi publicada, a TV TEM, afiliada da Rede Globo, também entrou em contato comigo. A pessoa que fez essa ligação havia estudado em colégios adventistas. Foi uma experiência satisfatória, porque no fim da entrevista na minha casa dei ao repórter um DVD Profecias Para o Tempo do Fim, do pastor Roberto Motta, e o livro A Grande Esperança.

Você é uma boa aluna?

Eu tenho boas notas e boa frequência às aulas. Com certeza isso conta muito nessas horas. Minhas notas foram anexadas ao mandato de segurança feito pelos advogados. Creio que a universidade trata de forma diferenciada o pedido de um bom aluno. E creio também que a conduta de um jovem adventista é mais observada por causa dos valores que professamos.

O que você diria para outros estudantes que passam por situação semelhante?

O objetivo da matéria da Folha de S.Paulo era que outras pessoas que passam pelo mesmo problema soubessem que têm seus direitos garantidos. Espero que isso esteja sendo alcançado. Até pouco tempo, eu não sabia que esse caso poderia ser resolvido na justiça. Mas aos que enfrentam isso, aconselho que façam primeiro como eu fiz, tentem conseguir o respeito a esse direito através do diálogo, sempre pacífica e pacientemente. E, caso não tenham sucesso, procurem um advogado de confiança que oriente quais passos seguir. Porém, acima de tudo, tenha em mente que o mais importante é “obedecer a Deus que aos homens” (At 5:29).



[Equipe ASN,
Wendel Lima]