quarta-feira, 25 de abril de 2012

Evangelismo e Testemunho como Estilo de Vida, 21 a 28 de abril




“Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, que em grego é Dorcas, que se
dedicava a praticar boas obras e dar esmolas”. Atos 9:36


        “pregar o evangelho em todos os momentos, e quando necessário usar
palavras”. Ao afirmar isto, Francisco de Assis estava colocando diante da sociedade cristã presente como a futura uma correta perspectiva do que é ser cristão. Ele não estava desestimulando a pregação verbal e urgente, mas, mostrando o quanto é poderoso o evangelho de Cristo, pois mesmo em silêncio ele é pregado. Antes de ser pregado, ele deve ser vivido. Sua afirmação corrobora com a declaração de Ellen G. White: 
        “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como um missionário.
Assim que vem a conhecer o Salvador, deseja pôr os outros em contato com Ele. A santificadora verdade não pode ficar encerrada em seu coração. Aquele que bebe da
água viva torna-se uma fonte de vida. O recipiente vem a ser um doador”. A Ciência do Bom Viver, 102.

      Logo quando nasce da água e do Espírito, o cristão já possui as credenciais e a autoridade missionária. Não terá que esperar algum tempo, ou treinamento, ele já é um missionário. No silêncio dos momentos posteriores à sua conversão o evangelho já pode ser ouvido pelos seus primeiros passos.

Domingo, 22 de abril - Sermões Silenciosos

       Os cristãos haveriam de ser reconhecidos como discípulos de Cristo por meio do amor demonstrado uns pelos outros, porquanto, no exercício desse afeto, estariam imitando ao seu Senhor e Mestre. Nas palavras apresentadas em João 13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. Pelo menos três ênfases encontramos no texto joanino:
 
  1.  Cristo estava muito interessado que os discípulos amassem uns aos outros. Enquanto o estilo do mundo é ser cada um por si, os discípulos deveriam ser cordiais uns com os outros. O texto não diz que a identificação de um discípulo se dá pela realização de milagres. Cristo, o amor encarnado teria que ser o exemplo vivo de sua religião, o símbolo mais importante da verdadeira religião. 
  2. Que a verdadeira honra dos discípulos seria a de sobressaírem no amor fraternal. 
  3. Caso os cristãos não se amassem, eles trariam uma injusta vergonha sobre sua fé, dando motivos justos para suspeitarem de sua própria sinceridade.
      Paulo compreendeu bem a respeito da influência positiva dos cristãos para a sociedade da época. Ao qualificar os fieis de “cartas”, ele estava corroborando com a idéia de que cada vida cristã é uma tradução do evangelho; pois qualquer bem que ali exista é produto do evangelho.
 
     Os homens podem ler nossas vidas, elas devem ser traduções de Cristo. Muitas pessoas terão o conhecimento de Cristo, através da reprodução de Sua imagem em nossas vidas. Ou seja, um gesto ou exemplo, vale mais que mil palavras.

Segunda e Terça, 23 e 24 de abril- Compaixão pelas Pessoas, Calçando os Sapatos das Pessoas


     Jesus desfragmentou diversos paradigmas estabelecendo outros. No período de Seu ministério, Jesus vivencia é testemunha de uma religião fria, indiferente, distante. Grupos da sociedade eram marginalizados por aqueles que deveriam ir ao seu encontro.
 
      Mas o matiz missionário que é a marca identificadora de Cristo é estabelecido, e paradigmas presentes da religião judaica são confrontados com novas perspectivas religiosas introduzidas por Cristo. Citam-se os exemplos:
 
  1. Encontro de Jesus (homem) com uma mulher ( João 8:9) – Paradigma de Gênero; 
  2. Encontro de Jesus com uma pessoa que não pertence a fé judaica (Mateus 8:5) – Paradigma inter-religioso; 
  3. Encontro de Jesus com uma estrangeira (João 4) – Paradigma intercultural
         A dissolvição dos paradigmas sócio-religiosos dos judeus evidencia a predisposição de Cristo em ser cúmplice e empático para com os sofredores. Sua compaixão é irrefutável. Ele não realizava grandes obras para obter discípulos, essas obras faziam parte de seu ser. As boas obras estavam intrinsecamente ligadas a Ele.
 
      Jesus Cristo tinha os pés com medidas variadas, todos os calçados de qualquer pessoa poderia facilmente encaixar nos pés do Senhor.

Quarta e Quinta, 25 e 26 de abril - Uma Vida Acolhedora, Ampliando seu Circulo de Amigos


     Geralmente família e amigos são as pessoas que encontramos mais dificuldades para evangelizarmos. Há um ditado que mostra isso “santo de casa não faz milagre”.
 
       No entanto, Cristo sugere que o endemoninhado de Gadara, retorne para o seio familiar levando as boas novas da salvação. A maior bênção que podemos proporcionar para as pessoas que vivem ao nosso redor, levar-lhes a mensagem de resgate, reconciliação e redenção.
 
Destaco três coisas na vida deste homem após sua libertação: 
  1. Ele desejou poder acompanhar a Cristo (v. 18), talvez por medo de ser perturbado pelos demônios, ou medo de permanecer naquela comunidade idólatra; 
  2. Cristo não permitiu que ele o acompanhasse, para que não parecesse ostentação, e o fez saber que ele precisava pregar para sua família e amigos. Ele devia contar aos seus sobre a compaixão que o Senhor teve por ele, na sua infelicidade; 
  3. Ele foi e proclamou conforme Jesus havia recomendado (v. 20). Essa é uma dívida que nós temos, tanto com o Senhor quanto com os nossos irmãos, para que Ele possa ser glorificado, e eles, edificados.
      Devemos estar cônscios de que estamos no mundo, mas não somos do mundo.
     A consciência de que o mundo é pervertido, inútil ou inferior ao caminho celestial.
     Não podemos ser participantes entusiastas das coisas do mundo. Devemos viver antagonicamente com a maldade desta geração.
 
No texto de João 17 também chamado de Oração Sacerdotal encontramos três
solicitações em relação ao dia dia espiritual dos discípulos:
 
  1. Verso 11, Guarda-os em teu nome – visava a proteção aos discípulos para que eles não caíssem da fé, e não se separassem uns dos outros, unidade; 
  2. Verso 13, Ter a alegria completa de Cristo – senso de total bem-estar; 
  3.  Verso 15, Resguarda-os das impiedades deste mundo, esta era a mensagem de Jesus neste verso.
      As orientações de Cristo tinha como objetivo principal o êxito nas missões evangelísticas. Entretanto, o sucesso missiológico da igreja dependerá diretamente do cuidado individual, cuidado para com nossos familiares e também para com as pessoas independente da ligação que tenha conosco.

Pr. Clodoaldo Tavares dos Santos
Capelão do Colégio Adventista Cidade Nova – ABA – UNB

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